A Geração Distribuída (GD) é a produção de energia elétrica realizada junto ou próxima aos consumidores. Diferente do modelo tradicional, centralizado em grandes usinas ou fontes produtoras, a GD descentraliza essa geração, utilizando fontes renováveis ou de alta eficiência diretamente no local de consumo ou em seu entorno, conectada à rede de distribuição.
Índice
- Como funciona a geração distribuída
- Quais são as vantagens da geração distribuída?
- Redução na conta de energia
- Permite que empresas e indústrias participem da produção de energia
- Diminui a pressão sobre a operação e transmissão de energia
- Permite a autonomia energética
- Qual a importância da geração distribuída no setor elétrico?
- Qual a legislação que trata sobre a geração distribuída
- Entenda a Lei 14.300
- Quais são os desafios na implementação da geração distribuída?
- Diferença entre geração centralizada e distribuída
- Qual é a eficiência de um sistema de geração distribuída?
- Aplicações da geração distribuída no Brasil
- Como a Tecnogera apoia clientes que atuam com geração distribuída?
Como funciona a geração distribuída
O funcionamento da geração distribuída inicia com a instalação de um sistema gerador, como painéis solares fotovoltaicos. Após a instalação, o sistema é conectado à rede elétrica da distribuidora local, seguindo normas técnicas e de segurança. A energia gerada é primeiramente consumida no local da produção.
Se a produção exceder o consumo imediato e necessário do local, o excedente é injetado na rede da distribuidora. Esse volume de energia adicionado e injetado gera créditos energéticos, que podem ser utilizados para abater o consumo em meses subsequentes ou em outras unidades consumidoras, desde que sejam da mesma titularidade.
Em alguns cenários, a Tecnogera pode fornecer soluções complementares, garantindo a estabilidade e a continuidade do fornecimento mesmo em situações de intermitência da fonte principal.
Quais são as vantagens da geração distribuída?
A geração distribuída oferece vários benefícios, transformando a relação dos consumidores com a energia. Desde economias financeiras até contribuições ambientais, as vantagens são significativas e abrangem diversos aspectos da cadeia energética.
Redução na conta de energia
Uma das vantagens mais atrativas é a redução no valor da conta de luz. Ao gerar a própria energia, o consumidor diminui a quantidade comprada da distribuidora. O excedente injetado na rede vira créditos, que podem compensar o consumo em até 95%, dependendo do sistema e do perfil de uso.
Para empresas com perfil de alto consumo, essa economia pode ser ainda mais elevada. Imagine uma indústria que, ao instalar um sistema fotovoltaico, reduz sua fatura mensal de R$ 20 mil para R$ 2.000.
Esse é um exemplo prático do impacto direto da GD nos custos operacionais, sendo que os percentuais podem variar de acordo com o tipo de consumo e relação do negócio com o insumo.
Permite que empresas e indústrias participem da produção de energia
A GD capacita empresas e indústrias a se tornarem protagonistas na matriz energética. Nesse formato, elas deixam de ser apenas consumidoras para serem também produtoras, ou “prossumidoras” – termo que combina as palavras produzir e consumir, e se refere ao consumidor que gera energia.
Isso não apenas reduz custos, mas também pode agregar valor à marca pela demonstração de compromisso com a sustentabilidade e geração de energia a partir de fontes renováveis.
Comércios, indústrias e o agronegócio podem instalar sistemas de micro ou minigeração para suprir sua própria demanda.
A Tecnogera, com sua expertise em soluções de energia, pode auxiliar desde o dimensionamento e até a integração de sistemas de GD, assegurando que a produção atenda às necessidades específicas de cada operação de forma segura e de acordo com as regras regulatórias.
Diminui a pressão sobre a operação e transmissão de energia
Outra vantagem é que a geração próxima ao local de consumo alivia a carga sobre as extensas redes de transmissão e distribuição. Isso ocorre porque a energia não precisa viajar longas distâncias desde as grandes usinas até os consumidores finais, que costumam estar nos centros urbanos.
Com menos perdas no trajeto, a eficiência do sistema elétrico melhora de forma geral e também reduz custos operacionais.
Esse alívio pode adiar ou diminuir a necessidade de grandes investimentos em expansão da infraestrutura de transmissão. A energia gerada localmente ajuda a estabilizar a rede em pontos específicos, especialmente em áreas com maior demanda ou infraestrutura mais sensível.
Permite a autonomia energética
E as vantagens não param por aí. A geração distribuída confere maior autonomia energética aos consumidores.
Ao produzirem parte ou toda a energia que consomem, eles se tornam menos dependentes das variações tarifárias e da disponibilidade da rede pública. Essa independência é um passo importante para a segurança energética.
Em locais remotos ou com fornecimento instável, a GD pode ser a principal fonte de energia. As soluções da Tecnogera, como geradores de backup, podem complementar os sistemas de GD, garantindo fornecimento contínuo e confiável mesmo em falhas da rede ou durante a intermitência de fontes renováveis.
Qual a importância da geração distribuída no setor elétrico?
A principal importância da geração distribuída no setor elétrico está na capacidade de democratizar o acesso à energia. Ela também diversifica a matriz energética, promove a sustentabilidade e aumenta a resiliência do sistema.
Ao descentralizar a geração, reduz-se a dependência de grandes usinas produtoras de energia e linhas de transmissão, impactando positivamente em todo o sistema de fornecimento.
Isso contribui para um sistema mais robusto, menos suscetível a apagões generalizados. A GD também impulsiona a inovação tecnológica e a criação de novos modelos de negócios no setor, fomentando um mercado mais dinâmico e competitivo.
Qual a legislação que trata sobre a geração distribuída
A regulamentação da geração distribuída no Brasil é fundamental para seu desenvolvimento. A Resolução Normativa nº 482/2012 da ANEEL foi o marco inicial, estabelecendo as condições para a micro e minigeração distribuída se conectarem à rede e o sistema de compensação de energia elétrica.
Na sequência, a Resolução Normativa nº 687/2015 trouxe aprimoramentos, como a possibilidade de geração compartilhada. Mais recentemente, a Lei nº 14.300/2022 estabeleceu o marco legal da GD, trazendo maior segurança jurídica e previsibilidade para o setor.
Entenda a Lei 14.300
A Lei 14.300/2022, sancionada em janeiro de 2022, é conhecida como o Marco Legal da Geração Distribuída. Ela instituiu regras claras para a microgeração – até 75 kW e minigeração – acima de 75 kW e até 5 MW para fontes despacháveis, ou 3 MW para não despacháveis distribuída.
Fontes despacháveis são, por definição, aquelas que podem ser controladas para gerar energia sob demanda.
A lei 14.300 foi muito importante por trazer segurança jurídica, consolidando o sistema de compensação de energia elétrica (SCEE).
Quais são os desafios na implementação da geração distribuída?
Apesar dos avanços, principalmente regulatórios, a implementação da GD ainda enfrenta desafios. O custo inicial de aquisição e instalação dos sistemas, embora venha diminuindo, ainda pode ser uma barreira para alguns consumidores.
A complexidade regulatória e burocrática, mesmo com a nova lei, também desestimula investidores com menor fôlego financeiro.
No Brasil, principalmente por ser um país de dimensões continentais, há desafios específicos como a necessidade de adequação das redes de distribuição para acomodar um fluxo bidirecional de energia e a gestão da intermitência das fontes renováveis.
A Tecnogera contribui ao oferecer soluções que mitigam a intermitência, como sistemas de backup e estabilização.
Diferença entre geração centralizada e distribuída
A geração centralizada envolve grandes usinas como hidrelétricas, termelétricas e nucleares, geralmente localizadas distantes dos centros de consumo.
Nesse formato, a energia é transportada por extensas linhas de transmissão e distribuição, com perdas energéticas significativas no processo. O fluxo de energia é predominantemente unidirecional.
Já a geração distribuída ocorre próxima aos consumidores, com pequenas ou médias plantas geradoras. Utiliza principalmente fontes renováveis, como a solar, reduzindo perdas de transmissão e o impacto ambiental.
Permite um fluxo bidirecional de energia, com consumidores também injetando excedentes na rede de transmissão, gerando economia em escala para usuários e redução de custos operacionais para todo o sistema.
Veja as principais diferenças entre os dois tipos de geração:
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Geração Centralizada | Geração Distribuída (GD) |
Geração |
Usinas de grande porte geram energia que é transmitida por longas distâncias até os consumidores |
A energia é gerada por pequenas ou médias fontes no próprio local de consumo ou nas proximidades dele |
Onde é gerada |
Nas Bacias hidrográficas e áreas com recursos minerais |
No próprio local de consumo. Como, no caso da solar, em telhados, fazendas e indústrias |
Potência | Alta potência (centenas de Megawatts a Gigawatts – MW a GW). |
Baixa a média (de poucos Quilowatts a alguns Megawatts – kW a MW). |
Transmissão |
Necessita de longas e caras linhas de transmissão e pode ter perdas durante o processo | Usa redes de distribuição curtas ou nenhuma, resultando em perdas elétricas menores |
Fluxo de Energia | Unidirecional: da usina para o consumidor. |
Bidirecional: o consumidor também pode produzir e injetar o excedente de energia na rede. |
Nível de Confiabilidade |
Vulnerável a falhas de grande escala. Um problema em uma usina ou linha principal pode causar apagões em massa |
Mais resiliente e estável. Uma falha local não afeta todo o sistema, e a rede se torna mais robusta |
Impacto ambiental |
Costuma ser alto e se concentra em uma única região (grandes barragens, emissões de termelétricas). |
Menor e disperso. Frequentemente associado a fontes renováveis limpas (solar, eólica, biogás |
Investimentos |
Alto investimento inicial, geralmente de propriedade do Estado ou de grandes corporações de energia. |
Investimento menor e mais acessível, podendo ser de propriedade do próprio consumidor, de empresas ou comunidades |
Exemplos | Usinas Hidrelétricas, como Itaipu e Belo Monte) e Usinas Termelétricas, |
Painéis solares em telhados, geradores a diesel/gás em indústrias, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), turbinas eólicas em fazendas |
Qual é a eficiência de um sistema de geração distribuída?
A eficiência de um sistema de geração distribuída deve ser analisada sob duas óticas. A primeira é a eficiência do equipamento como, por exemplo, os painéis solar convertendo luz em eletricidade. A segunda, mais abrangente, é a eficiência do sistema como um todo, incluindo a redução drástica de perdas.
Comparada à geração centralizada, que pode ter perdas de transmissão e distribuição superiores a 10-15%, a GD é mais eficiente. Ao gerar energia perto do ponto de consumo, essas perdas são minimizadas, otimizando o aproveitamento energético de forma geral.
Aplicações da geração distribuída no Brasil
O Brasil, com sua vasta extensão territorial e alta irradiação solar, apresenta um cenário ideal para a GD. A aplicação mais comum é a solar fotovoltaica em telhados de residências, comércios, galpões e indústrias, reduzindo contas de luz e promovendo economia em escala e contribuindo com a sustentabilidade.
No agronegócio, a GD é usada para irrigação e operações rurais, muitas vezes em locais sem acesso fácil à rede. Comunidades isoladas também se beneficiam, ganhando acesso à energia confiável.
Com sua experiência na execução de diferentes projetos, a Tecnogera tem apoiado diversos clientes, de data centers a hospitais, que integram GD para otimizar custos e garantir a continuidade e a segurança de suas operações críticas.
Como a Tecnogera apoia clientes que atuam com geração distribuída?
A Tecnogera desempenha um papel importantíssimo no ecossistema da geração distribuída, oferecendo soluções que garantem a confiabilidade e a otimização dos sistemas.
Para clientes que investem em GD, especialmente com fontes intermitentes como a solar, a continuidade do fornecimento é vital.
Nossas soluções incluem geradores de energia de alta performance, sistemas de nobreaks (UPS) e bancos de carga, que asseguram o suprimento energético durante falhas da rede ou períodos de baixa geração própria.
A Tecnogera oferece consultoria especializada para integrar essas soluções de forma eficiente, maximizando os benefícios da GD e protegendo operações críticas contra interrupções, fortalecendo a autonomia e a segurança energética dos nossos clientes.