Ícone de relógio branco com seta circular e "24h" abaixo, destacando disponibilidade total da Tecnogera em fundo cinza claro.

0800-772-1601

Entenda a definição de efeito corona e como age em isoladores

O efeito Corona ocorre quando campos elétricos intensos entram em contato com partículas de ar, umidade ou poeira, causando ionização e emissão de luz. Pode ser aproveitado industrialmente para limpeza de ar e fabricação de ozônio, mas também causa problemas, resultando em perdas de centenas de quilowatts por quilômetro em linhas de transmissão e danos progressivos ao isolamento de equipamentos elétricos. Também conhecido como Fogo de Santelmo, em referência ao fenômeno observado em mastros de navios antes de tempestades.
Um anel elétrico laranja e amarelo brilha em um fundo escuro, como visto em efeitos corona.
Um anel elétrico laranja e amarelo brilha em um fundo escuro, como visto em efeitos corona.

O efeito Corona é um fenômeno elétrico que ocorre quando o ar ao redor de um condutor de alta tensão se ioniza. Essa ionização cria uma descarga luminosa, geralmente de cor violeta, e resulta na perda de energia para a atmosfera, perceptível como um brilho e um chiado característico.

Este fenômeno, embora tenha aplicações industriais, representa um desafio significativo para a eficiência e a segurança de sistemas elétricos. Compreender suas causas e consequências é fundamental para garantir a estabilidade e a longevidade dos equipamentos.

Índice

  • Como o efeito corona ocorre?
  • Como evitar o efeito corona?
  • Como aproveitar o efeito corona?
  • Quais as consequências do efeito Corona?
  • Causas e fatores que intensificam o efeito corona
  • Efeito corona em diferentes equipamentos elétricos
  • Como medir o efeito corona?
  • Encontre soluções completas de energia para seu negócio na Tecnogera!

Como o efeito corona ocorre?

Para entender o efeito Corona, pense no ar como um isolante elétrico. No entanto, sua capacidade de isolamento possui um limite, conhecido como rigidez dielétrica. Quando a tensão em um condutor é muito alta, o campo elétrico ao seu redor se torna extremamente intenso.

Essa intensidade é ainda maior em pontos com curvaturas acentuadas, arestas ou irregularidades na superfície do condutor. Quando o campo elétrico supera a rigidez dielétrica do ar, ele “arranca” elétrons das moléculas de gás, formado por nitrogênio e oxigênio.

Esse processo é chamado de ionização. O ar ionizado ao redor do condutor se torna parcialmente condutivo, criando um pequeno fluxo de corrente que dissipa energia na forma de luz (o brilho violeta), calor, som (um chiado) e reações químicas, como a produção de ozônio.

Como evitar o efeito corona?

Prevenir o efeito Corona é crucial para minimizar perdas de energia e evitar danos a equipamentos. A prevenção envolve um planejamento cuidadoso e manutenção contínua, garantindo a máxima eficiência do sistema elétrico.

As principais estratégias de prevenção incluem:

  • Projeto adequado de linhas: utilizar condutores com diâmetros maiores e agrupar cabos (feixes) ajuda a reduzir a intensidade do campo elétrico na superfície.
  • Uso de anéis de guarda (ou anéis corona): instalados em isoladores e terminações de alta tensão, esses anéis distribuem o campo elétrico de forma mais uniforme, evitando pontos de concentração.
  • Manutenção preventiva: a limpeza regular de isoladores remove poeira, poluição e umidade, que são fatores que facilitam o início do efeito Corona.
  • Monitoramento e detecção precoce: o uso de tecnologias, como câmeras ultravioleta, permite identificar o efeito Corona antes que ele cause danos significativos.

Contar com especialistas em soluções de energia, como a Tecnogera, garante a aplicação das melhores práticas de manutenção e monitoramento para proteger seus ativos.

Como aproveitar o efeito corona?

Apesar de ser indesejado em sistemas de potência, o efeito Corona é aproveitado de forma controlada em diversas aplicações industriais e tecnológicas. Sua capacidade de ionizar gases é a chave para esses usos.

Entre as principais aplicações, destacam-se:

  • Fabricação de ozônio: a descarga Corona é um método eficiente para produzir gás ozônio, usado no tratamento de água e purificação do ar.
  • Precipitadores eletrostáticos: utilizados em indústrias para remover partículas de poeira e poluentes de fluxos de gás, melhorando a qualidade do ar.
  • Tratamento de superfícies: o plasma gerado pelo efeito é usado para modificar as propriedades de superfícies de polímeros, melhorando sua aderência.
  • Pesquisas avançadas: novas tecnologias exploram o efeito para esterilização de equipamentos médicos e até em sistemas de propulsão iônica.

Quais as consequências do efeito Corona?

As consequências do efeito Corona em sistemas elétricos são predominantemente negativas e podem gerar impactos técnicos e financeiros significativos.

Os principais problemas incluem:

  • Perdas de energia: a descarga representa uma perda contínua de energia para a atmosfera, que pode chegar a centenas de quilowatts por quilômetro em linhas de transmissão. Isso se traduz em um impacto econômico direto, aumentando os custos operacionais.
  • Deterioração de equipamentos: o ozônio e os óxidos de nitrogênio produzidos pelo efeito são corrosivos e atacam materiais isolantes, como borracha e polímeros, acelerando seu envelhecimento e levando a falhas prematuras.
  • Ruído audível: o chiado característico do Corona pode ser uma fonte de poluição sonora, especialmente em áreas próximas a subestações e linhas de alta tensão.
  • Interferência eletromagnética: a descarga gera ruído de radiofrequência, que pode causar interferência em sistemas de comunicação, rádio e televisão (RFI/TVI).

Causas e fatores que intensificam o efeito corona

Diversos fatores podem iniciar ou agravar o efeito Corona. Conhecê-los é fundamental para um diagnóstico preciso e para a implementação de medidas preventivas eficazes.

  • Geometria dos condutores: pontas, arestas e condutores de pequeno diâmetro concentram o campo elétrico, sendo pontos preferenciais para o início do efeito.
  • Condições ambientais: chuva, neblina, neve e alta umidade reduzem a capacidade de isolamento do ar, facilitando a ocorrência do Corona em tensões mais baixas.
  • Presença de partículas no ar: poeira, poluição e salinidade (em áreas costeiras) depositadas sobre os condutores e isoladores criam irregularidades que intensificam o campo elétrico local.
  • Irregularidades na superfície: arranhões, corrosão, danos por impacto ou mesmo insetos e gotas de água na superfície do condutor atuam como pontos de alta concentração de campo.
  • Influência da tensão de operação: o fator mais direto. Quanto maior a tensão do sistema, maior a intensidade do campo elétrico e, consequentemente, a probabilidade e a severidade do efeito Corona.

Efeito corona em diferentes equipamentos elétricos

Embora seja mais famoso nas linhas de transmissão, o efeito Corona não se limita a elas, podendo ocorrer em qualquer componente de um sistema elétrico onde haja um campo elétrico intenso, como em transformadores, disjuntores, buchas e até mesmo no enrolamento de motores e geradores de alta tensão.

De forma geral, a manifestação e as consequências do efeito corona variam conforme o equipamento. Em buchas e isoladores, o efeito geralmente ocorre na superfície, especialmente em pontos de alta curvatura ou onde há contaminação por umidade e poeira. Ele se manifesta como um brilho violeta e um ruído sibilante, degradando a superfície do material isolante e podendo criar um caminho condutivo que leva ao flashover (arco elétrico). 

Em disjuntores e terminais de transformadores, o corona surge em arestas vivas e conexões, gerando ruído, interferência de rádio e, principalmente, a degradação do meio isolante ao redor (seja ar, óleo ou gás SF₆), o que compromete a capacidade de isolamento do componente.

Já no interior de equipamentos como motores, geradores e transformadores, o fenômeno é ainda mais crítico e costuma ocorrer na forma de descargas parciais. Essas descargas acontecem em pequenas bolhas ou vazios no material isolante dos enrolamentos. 

Embora seja invisível externamente, o ozônio e outros subprodutos químicos gerados pelo corona atacam agressivamente o verniz e a isolação das bobinas. Esse ataque químico contínuo fragiliza o isolamento, acelera seu envelhecimento e pode, com o tempo, levar a um curto-circuito entre espiras ou para a carcaça, resultando na falha catastrófica do equipamento.

Comportamento em linhas de transmissão

Nas linhas de transmissão de alta e extra-alta tensão, o efeito Corona é um fenômeno constante e uma das principais fontes de perdas. Ele é visível à noite como um brilho azulado ou violeta ao redor dos cabos e isoladores e é acompanhado por um chiado constante.

Nesses sistemas, a gestão do efeito Corona através do projeto (diâmetro dos cabos, uso de feixes) e da manutenção é uma preocupação central para garantir a eficiência energética e a integridade da rede em longas distâncias.

Como medir o efeito corona?

A detecção e a quantificação do efeito Corona são realizadas com equipamentos especializados, que permitem identificar o problema antes que cause danos graves.

As técnicas mais comuns de medição são:

  • Inspeção visual com câmeras UV: câmeras sensíveis à luz ultravioleta são a ferramenta mais eficaz, pois captam a radiação emitida pela descarga, tornando o Corona visível mesmo durante o dia.
  • Medição acústica: microfones ultrassônicos direcionais podem detectar o som de alta frequência (chiado) gerado pelo efeito, permitindo localizar a fonte da descarga com precisão.
  • Medição de Rádio Interferência (RIV): equipamentos específicos medem as perturbações eletromagnéticas causadas pelo Corona, avaliando seu impacto em sistemas de comunicação.
  • Monitoramento de perdas: a análise de dados de medição de energia ao longo de uma linha pode ajudar a quantificar as perdas totais atribuíveis ao efeito.

Encontre soluções completas de energia para seu negócio na Tecnogera!

O efeito Corona é um lembrete de que a estabilidade de um sistema elétrico depende de um projeto robusto e de uma manutenção criteriosa. Falhas e perdas de energia podem comprometer a produtividade e a segurança da sua operação.

Na Tecnogera, entendemos os desafios do setor e oferecemos soluções completas para garantir a confiabilidade energética do seu negócio. Nossa expertise abrange desde a manutenção de equipamentos até o fornecimento de energia temporária para situações críticas.

Seja para planejar uma manutenção preventiva ou para garantir a continuidade da sua operação com o aluguel de gerador, nossa equipe de especialistas está pronta para projetar a solução ideal para você. Entre em contato e fortaleça sua infraestrutura de energia.

 

Compartilhe: